27 de maio de 2010

Na Copa, empresas liberam funcionários para assistir aos jogos

por Anderson Silva  - Canal RH


A cada quatro anos a Copa do Mundo, o maior evento do futebol internacional, inflama as torcidas de todo o mundo. É um período de festa, de congraçamento entre as nações, de paixões, vitórias e, às vezes, desilusão. E todos esses sentimentos estão presentes nas empresas, influenciando o clima das organizações. A Copa modifica a rotina dos escritórios e requer preparação por parte das companhias para que os colaboradores possam assistir aos jogos – torcer, vibrar, sofrer - sem que isso prejudique os negócios.

Na MoIP, empresa de pagamentos eletrônicos de compras virtuais, a questão dos turnos é um complicador nesse período. “A companhia trabalha 24 horas por dia, todos os dias da semana”, destaca o diretor-geral da empresa, Igor Senra. Ele explica que isso ocorre porque, como as lojas da internet não fecham nunca, alguns setores da sua companhia precisam estar em atividade permanente. Ainda assim haverá paradas durante os jogos, levando em conta os horários dos turnos. “Quem chega às 15h, por exemplo, poderá chegar depois dos jogos e quem trabalha horário integral também será liberado para assistir aos jogos da tarde”, informa.

Para Senra, a Copa também é uma oportunidade de integrar a equipe. “Estamos estimulando as pessoas a virem com roupas verde- amarelas nos dias dos jogos e procurando um local para que todos os funcionários assistam aos jogos juntos, embora também vamos liberar quem quiser assisti-los com seus parentes e amigos”, comenta.

A KeyAssociados, consultora especializada em soluções sustentáveis, já resolveu esse assunto: reservará um restaurante para cerca de 40 funcionários para os dias dos jogos do Brasil e ainda promoverá uma gincana interna. “Vamos pôr no nosso blogue interno um bolão e premiaremos os vencedores com diversos brindes como, por exemplo, ingressos de cinema”, conta Fabiana Nunes, analista de Recursos Humanos da empresa.

Na Siemens, o evento também será uma oportunidade para incentivar a integração das equipes e promover um clima descontraído na empresa. “Nos dias de jogos do Brasil, o colaborador pode vir com a camisa da seleção para torcer e vamos premiar também a melhor decoração temática nas estações de trabalho”, conta Malena Martelli, diretora de RH para a América Latina da companhia, que deve liberar os funcionários da área administrativa para as partidas da tarde, além de telões para exibição dos jogos da manhã.


O espírito da Copa é mais contagiante ainda na Canon, fornecedora de materiais de impressão e imagem. A empresa já enfeitou todas as instalações com bandeiras brasileiras, inclusive a sala do presidente da companhia para a América Latina, Taro Maruyama, que é japonês de nascimento, mas, pelo jeito, brasileiro de coração. A supervisora de RH da empresa, Sandra Bergamo, conta que quando estavam montando a decoração, perguntaram a ele se queria que colocasse bandeiras do Japão em sua sala e ele disse que não precisava.

A companhia dispensará os colaboradores para assistirem as partidas do Brasil que começarão às 15h30. “Instalamos três telões em pontos diferentes da companhia, mas o funcionário pode optar por assistir aqui ou fora da empresa”, diz Sandra. A única restrição da companhia é que as prioridades de cada setor sejam verificadas com antecedência para que não os clientes não sejam prejudicados.

Outra empresa que vai liberar os funcionários para assistir aos jogos da tarde é a farmacêutica Roche. A diretora de Recursos Humanos da companhia, Denise Horato, informa que eles ainda terão dispensa para ver as partidas com uma hora de antecedência sem necessidade de compensar o horário posteriormente. “A jornada reduzida será abonada e caso as pessoas queiram assistir aos jogos com seus amigos e familiares, nossos fretados terão seu horário antecipado”, conta Denise.

Liberar é optativo

De acordo com especialistas em RH, liberar os colaboradores tornou-se uma prática habitual e, embora a dispensa do trabalho não seja um benefício obrigatório, a maioria das empresas o concede. No entanto, há setores que não podem parar.

No Metrô de São Paulo, por exemplo, no horário próximo aos jogos haverá ainda mais trabalho e mais colaboradores ocupados. “No dia de jogos que começam às 15h30, vamos antecipar o horário de pico da tarde, que normalmente começa às 16h, para as 13h, além de reforçar o quadro de funcionários”, diz o gerente de operações Wilmar Fratini. A antecipação de pico significa pôr mais trens nas linhas e, portanto, mais funcionários. No horário dos jogos o metrô continuará funcionando normalmente.

Para esses casos em que a produção não pode parar, os consultores sugerem algumas formas de compensar os profissionais impedidos de assistir aos jogos ou adotar um sistema de rodízio. “O ideal é o rodízio”, afirma Guilherme Falchi, diretor Comercial da Hera Brasil, empresa especializada em gestão de capital humano e projetos de qualidade de vida. Ele também sugere que as companhias façam coisas diferentes para não desmotivar as pessoas. “Pode ser um sorteio de camisas do Brasil entre os que não puderam assistir à partida”, exemplifica Falchi. A gestora de RH da Academia de Marketing, Patrícia Pastoriza, concorda com Falchi sobre o rodízio e ainda sugere a compensação de horas para motivar quem não pode ver os jogos.

4 comentários:

  1. Há alguma lei ou liminar que contemple a liberação dos funcionários para assistir aos jogos? Pois as agências bancárias, pelo que me parece irão fechar no horário em que seleção brasileira for jogar.

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  2. Olá, de acordo com nossas informações, não há lei que obrigue a empresa liberar seus funcionários. O que ocorre com os bancos é que eles são instituições que prestam serviços públicos, ou seja, de utilidade pública e acabam recebendo grande número de usuários. O mesmo ocorre com os Correios, hospitais, creches, postos de saúde, tudo depende do grau de utilização da população. As empresas que otaram por esta política usaram do bom senso e da moeda de troca com seus funcionários. Confira nossa programação especial sobre a COPA do Mundo toda quarta feira às 10h na Rádio RH (http://www.radiorh.com.br/)

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  3. a liberação podia ser uma lei pois somos patriotas já que existe 7 de setembro como
    feriado e varios outros feriados naciopnais
    existentes no brasil,[sim]ou[não].

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  4. Bem, somos patriotas sim, e o maior patriotismo de todos é primcipalmente estar consciente de seu dever, de suas responsabilidades como um profissional que ajuda o Brasil crescer e principalmente é ciente de que cada ser humano tem um trabalho para ser realizado na vida, não importa qual seja ele, deve ser sempre realizado da melhor maneira possível!

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