Não se passa um dia que não ouvimos algo a respeito de como as redes sociais estão mudando as empresas, de como a eleição do Obama foi 2.0, de como utilizar o Twitter para gerar mais vendas e de como o Facebook está crescendo. Estas notícias já se tornaram lugar-comum. Cada vez mais as pessoas se ligam aos seus semelhantes pela internet fomentando uma grande debate de ideias, de conceitos, em torno de um ambiente sem geografia e sem relógio.
As redes sociais são mais do que uma ferramenta digital para ajudar em campanhas políticas. São uma nova maneira do homem exercer um velho hábito: se relacionar com seus pares.
O crescimento das redes sociais vem ao encontro do que Zygman Baugman denomina de “Vida para Consumo” (nome de um de seus livros) - o consumidor como produto.
Aliás, a estratégia de transformar ilustres anônimos em produtos é uma constância em programas como Big Brother, Survivor e toda a infinidade bizarra de “reality shows” que se espalham pelo mundo.
No Twitter você segue os tweets de famosos e com isso “consome” tal produto da mesma maneira que consome as fotos de um anônimo no Flickr ou um vídeo no YouTube.
É um sintoma claro da pós-modernidade, mas, a partir do momento que o ser humano vira produto, todas as regras de mercado aplicadas a produtos começam a ser aplicadas no tratamento e “venda” da imagem do indivíduo. A embalagem, o conceito, a divulgação, o tão falado “marketing pessoal”.
As redes sociais potencializam o “ser como produto” e passam a mostrar a individualidade de uma forma nunca vista, em detalhes. Pessoas relatam seu dia a dia no Twitter, postam fotos de suas viagens no Orkut e dizem minuto a minuto onde se encontram via FourSquare.
É a era do lifestreming (já falei desse conceito em outro artigo). A ideia é seguir pessoas, não blogs ou tweets. Transformar a pessoa em produto a ser consumido.
É a partir dessa observação que muitas empresas têm agido de modo a transformar seus executivos em uma espécie de “garotos propaganda” da própria empresa. Transformá-los em celebridades instantâneas para que as pessoas o sigam, e por tabela, se liguem à marca da empresa.
Isso só é possível devido à natureza humana da internet, apesar de muitos acharem que ela é de natureza tecnológica. O Grau de Atividade do Consumidor faz com que ele se ligue a pessoas, não tanto à marcas ou empresas. Lembre-se de uma máxima: a internet não é uma rede de computadores, é uma rede de pessoas.
Preste atenção nessa tendência. Se bem utilizada, sua empresa pode gerar muitos lucros.
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