27 de maio de 2010

Na Copa, empresas liberam funcionários para assistir aos jogos

por Anderson Silva  - Canal RH


A cada quatro anos a Copa do Mundo, o maior evento do futebol internacional, inflama as torcidas de todo o mundo. É um período de festa, de congraçamento entre as nações, de paixões, vitórias e, às vezes, desilusão. E todos esses sentimentos estão presentes nas empresas, influenciando o clima das organizações. A Copa modifica a rotina dos escritórios e requer preparação por parte das companhias para que os colaboradores possam assistir aos jogos – torcer, vibrar, sofrer - sem que isso prejudique os negócios.

Na MoIP, empresa de pagamentos eletrônicos de compras virtuais, a questão dos turnos é um complicador nesse período. “A companhia trabalha 24 horas por dia, todos os dias da semana”, destaca o diretor-geral da empresa, Igor Senra. Ele explica que isso ocorre porque, como as lojas da internet não fecham nunca, alguns setores da sua companhia precisam estar em atividade permanente. Ainda assim haverá paradas durante os jogos, levando em conta os horários dos turnos. “Quem chega às 15h, por exemplo, poderá chegar depois dos jogos e quem trabalha horário integral também será liberado para assistir aos jogos da tarde”, informa.

Para Senra, a Copa também é uma oportunidade de integrar a equipe. “Estamos estimulando as pessoas a virem com roupas verde- amarelas nos dias dos jogos e procurando um local para que todos os funcionários assistam aos jogos juntos, embora também vamos liberar quem quiser assisti-los com seus parentes e amigos”, comenta.

A KeyAssociados, consultora especializada em soluções sustentáveis, já resolveu esse assunto: reservará um restaurante para cerca de 40 funcionários para os dias dos jogos do Brasil e ainda promoverá uma gincana interna. “Vamos pôr no nosso blogue interno um bolão e premiaremos os vencedores com diversos brindes como, por exemplo, ingressos de cinema”, conta Fabiana Nunes, analista de Recursos Humanos da empresa.

Na Siemens, o evento também será uma oportunidade para incentivar a integração das equipes e promover um clima descontraído na empresa. “Nos dias de jogos do Brasil, o colaborador pode vir com a camisa da seleção para torcer e vamos premiar também a melhor decoração temática nas estações de trabalho”, conta Malena Martelli, diretora de RH para a América Latina da companhia, que deve liberar os funcionários da área administrativa para as partidas da tarde, além de telões para exibição dos jogos da manhã.


O espírito da Copa é mais contagiante ainda na Canon, fornecedora de materiais de impressão e imagem. A empresa já enfeitou todas as instalações com bandeiras brasileiras, inclusive a sala do presidente da companhia para a América Latina, Taro Maruyama, que é japonês de nascimento, mas, pelo jeito, brasileiro de coração. A supervisora de RH da empresa, Sandra Bergamo, conta que quando estavam montando a decoração, perguntaram a ele se queria que colocasse bandeiras do Japão em sua sala e ele disse que não precisava.

A companhia dispensará os colaboradores para assistirem as partidas do Brasil que começarão às 15h30. “Instalamos três telões em pontos diferentes da companhia, mas o funcionário pode optar por assistir aqui ou fora da empresa”, diz Sandra. A única restrição da companhia é que as prioridades de cada setor sejam verificadas com antecedência para que não os clientes não sejam prejudicados.

Outra empresa que vai liberar os funcionários para assistir aos jogos da tarde é a farmacêutica Roche. A diretora de Recursos Humanos da companhia, Denise Horato, informa que eles ainda terão dispensa para ver as partidas com uma hora de antecedência sem necessidade de compensar o horário posteriormente. “A jornada reduzida será abonada e caso as pessoas queiram assistir aos jogos com seus amigos e familiares, nossos fretados terão seu horário antecipado”, conta Denise.

Liberar é optativo

De acordo com especialistas em RH, liberar os colaboradores tornou-se uma prática habitual e, embora a dispensa do trabalho não seja um benefício obrigatório, a maioria das empresas o concede. No entanto, há setores que não podem parar.

No Metrô de São Paulo, por exemplo, no horário próximo aos jogos haverá ainda mais trabalho e mais colaboradores ocupados. “No dia de jogos que começam às 15h30, vamos antecipar o horário de pico da tarde, que normalmente começa às 16h, para as 13h, além de reforçar o quadro de funcionários”, diz o gerente de operações Wilmar Fratini. A antecipação de pico significa pôr mais trens nas linhas e, portanto, mais funcionários. No horário dos jogos o metrô continuará funcionando normalmente.

Para esses casos em que a produção não pode parar, os consultores sugerem algumas formas de compensar os profissionais impedidos de assistir aos jogos ou adotar um sistema de rodízio. “O ideal é o rodízio”, afirma Guilherme Falchi, diretor Comercial da Hera Brasil, empresa especializada em gestão de capital humano e projetos de qualidade de vida. Ele também sugere que as companhias façam coisas diferentes para não desmotivar as pessoas. “Pode ser um sorteio de camisas do Brasil entre os que não puderam assistir à partida”, exemplifica Falchi. A gestora de RH da Academia de Marketing, Patrícia Pastoriza, concorda com Falchi sobre o rodízio e ainda sugere a compensação de horas para motivar quem não pode ver os jogos.

24 de maio de 2010

Você sabe identificar oportunidades de trabalho?

Por Aline Souza - Jornalista Zeta Probus


Inteligência Mercadológica foi o tema da palestra de José Augusto Minarelli* no 14º CONAREM 2010, Congresso de Remuneração do Rio de Janeiro que aconteceu nos dias 13 e 14 de maio. O principal conceito abordado foi a geração de oportunidade de trabalho que esta inteligência possibilita. De acordo com o especialista, o emprego tradicional está se transformando em novas modalidades de exercer a profissão. “Para ter remuneração é preciso se diferenciar na hora de agir no mercado de trabalho e são as relações de troca com os tomadores de serviço que vão ditar o seu sucesso” afirma.


É preciso se relacionar muito bem, ele diz, para que o olhar de marketing pessoal e a inteligência mercadológica surta efeito e assim descobrir aquilo que ainda não existe oferecido no mercado de trabalho, o novo. Ou seja, para transformar a necessidade dos outros em produtos ou serviços é preciso atenção, já que o cliente em potencial estará bem à sua frente para que você venda o benefício de seu trabalho. “Como conselheiro de carreira dos demitidos eu afirmo que o mercado é feito de gente como a gente, ou seja, é preciso desenvolver esse olhar para ficar atento àquilo que não está sendo atendido”, afirma Minarelli. Entretanto, para que alcancemos isso, de acordo com o consultor, precisamos enxergar o marketing pessoal como uma coisa boa e cultivar redes de relacionamentos para sermos indicados e recomendados aos outros. “Todos compram de quem conhecem e de quem se lembram”, disse.

Os benefícios do networking são inúmeros, haja vista o livro escrito pelo José Augusto Minarelli dando dicas profissionais e pessoais para estabelecer um bom relacionamento na vida e na carreira. Aqui damos três dicas:

• Capital Social vale mais que dinheiro, pois ele é farto e todos podem criar na medida em que haja necessidade. Para isso bastam somente indivíduos desconhecidos.

• Networking são vínculos, é preciso ser solidário e respeitoso.

• Não sair de casa sem um cartão de visita para facilitar um próximo contato. Além do mais, anotar sempre no verso dos cartões que recebe a data, o local e informações que o ajudem a se lembrar daquela pessoa.

Já no site promocional do livro Inteligência Mercadológica (www.inteligenciamercadologica.com.br) é possível fazer um teste de Q.I dessa habilidade e isso poderá dar uma base do que está bom e do que é preciso melhorar. Verifique suas habilidades e mãos à obra.



*José Augusto Minarelli é presidente da Lens & Minarelli Associados, que introduziu no Brasil o conceito de Outplacement. É também educador, conselheiro profissional e palestrante. Escreveu os livros Empregabilidade, Trabalhar por conta própria, Venda seu peixe, Networking, Superdicas de Networking e Manual de Transição de Carreira.

12 de maio de 2010

Lifestreaming e as Redes sociais: o indivíduo como produto

Por Conrado Adolpho

Não se passa um dia que não ouvimos algo a respeito de como as redes sociais estão mudando as empresas, de como a eleição do Obama foi 2.0, de como utilizar o Twitter para gerar mais vendas e de como o Facebook está crescendo. Estas notícias já se tornaram lugar-comum. Cada vez mais as pessoas se ligam aos seus semelhantes pela internet fomentando uma grande debate de ideias, de conceitos, em torno de um ambiente sem geografia e sem relógio.

As redes sociais são mais do que uma ferramenta digital para ajudar em campanhas políticas. São uma nova maneira do homem exercer um velho hábito: se relacionar com seus pares.

O crescimento das redes sociais vem ao encontro do que Zygman Baugman denomina de “Vida para Consumo” (nome de um de seus livros) - o consumidor como produto.

Aliás, a estratégia de transformar ilustres anônimos em produtos é uma constância em programas como Big Brother, Survivor e toda a infinidade bizarra de “reality shows” que se espalham pelo mundo.

No Twitter você segue os tweets de famosos e com isso “consome” tal produto da mesma maneira que consome as fotos de um anônimo no Flickr ou um vídeo no YouTube.

É um sintoma claro da pós-modernidade, mas, a partir do momento que o ser humano vira produto, todas as regras de mercado aplicadas a produtos começam a ser aplicadas no tratamento e “venda” da imagem do indivíduo. A embalagem, o conceito, a divulgação, o tão falado “marketing pessoal”.

As redes sociais potencializam o “ser como produto” e passam a mostrar a individualidade de uma forma nunca vista, em detalhes. Pessoas relatam seu dia a dia no Twitter, postam fotos de suas viagens no Orkut e dizem minuto a minuto onde se encontram via FourSquare.

É a era do lifestreming (já falei desse conceito em outro artigo). A ideia é seguir pessoas, não blogs ou tweets. Transformar a pessoa em produto a ser consumido.

É a partir dessa observação que muitas empresas têm agido de modo a transformar seus executivos em uma espécie de “garotos propaganda” da própria empresa. Transformá-los em celebridades instantâneas para que as pessoas o sigam, e por tabela, se liguem à marca da empresa.

Isso só é possível devido à natureza humana da internet, apesar de muitos acharem que ela é de natureza tecnológica. O Grau de Atividade do Consumidor faz com que ele se ligue a pessoas, não tanto à marcas ou empresas. Lembre-se de uma máxima: a internet não é uma rede de computadores, é uma rede de pessoas.

Preste atenção nessa tendência. Se bem utilizada, sua empresa pode gerar muitos lucros.

11 de maio de 2010

As eleições e a internet

Andrea Dunningham

Pesquisa recente da consultoria norte-americana Digital Daya aponta que, dos 164 países das Nações Unidas, 24 têm seus líderes presentes no Twitter. No Brasil, os políticos têm usado essa e outras redes sociais para fazerem sua campanha em 2010, além de outras ações de marketing digital. A tendência é que encontremos uma certa variedade de ações este ano, inspiradas tanto em cases de sucesso de empresas que trabalham suas marcas nas mídias sociais, quanto estratégias adotadas por políticos de fora do Brasil.

Nesse aspecto, o sucesso da campanha on-line de Barack Obama tem sido um dos modelos utilizados como base para a formatação de campanhas digitais brasileiras, pois é um case de muito sucesso. Ele serve de exemplo para praticamente toda ação, seja ela política ou para os negócios, mas Obama não fez nada sozinho. Ele investiu pesado nas redes, contando com uma equipe de 40 pessoas, dentre elas excelentes estrategistas digitais, já habituados com as redes e o comportamento dos usuários nelas.

Além disso, a campanha mobilizou as pessoas em torno de uma causa e, então, fortaleceu uma rede de apoiadores. Obama ressaltou o poder do voluntariado e mostrou como mover as pessoas em torno de algo que elas acreditam. Ele atentou para essa verdade: aqueles que acreditam na própria marca, disseminarão o conteúdo por vontade própria e alcançarão cada vez mais um número maior de pessoas.

Seguindo modelos ou criando novas estratégias, a regra mais importante e básica para se atuar nas mídias sociais é: você precisa estar disposto a ouvir as pessoas, receber suas críticas, e se comunicar com elas de forma mais transparente. Quando você entende o que o seu público quer e ele enxerga em você como algo de bom, que não quer apenas vender, mas estar junto dele, participando e, muito importante, respondendo suas dúvidas, é muito mais fácil chegar a ele e criar uma conexão, um vínculo.

As mídias sociais trouxeram esta comunicação de mão dupla de uma forma que ela já não pode mais ser ignorada, as pessoas hoje exigem isso. É preciso entender isso e mudar o modelo de pensamento, principalmente no caso dos políticos, que precisam ter a população junto deles, acreditando e apoiando seu trabalho.

É importante lembrar que tudo ainda é recente quando o assunto é mídias sociais, portanto, nada melhor do que experimentar. Ninguém sabe tudo sobre o marketing na internet, mas aqueles que o conhecem a fundo sabem que, após compreender bem o ambiente digital, é necessário fazer testes – mas testes conscientes.

**Andrea Dunningham é jornalista e diretora do iDigo – Núcleo de Inteligência Digital, que promove o curso ‘Campanha política na Web – O que considerar na hora de montar a sua plataforma digital’, no dia 14 de maio, no Rio de Janeiro. Mais informações no site do iDigo.

10 de maio de 2010

Marco Civil da Internet promete democratizar o acesso à internet

Vagner Diniz: 'um dos objetivos do marco civil da internet é garantir uma web para todos'


Christina Lima

A visão do especialista em 'governo eletrônico' Vagner Diniz em relação ao acesso à internet é cristalina: a web é para todo mundo. Inclusive, ‘web para todos’ é o slogan do World Wide Web Consortium (W3C), órgão internacional do qual é gerente do escritório brasileiro. O consórcio congrega empresas, instituições governamentais e organizações em prol do desenvolvimento de padrões para a rede.

Em meio aos preparativos para o Congresso de Inovação e Informática na Gestão Pública (Conip 2010), evento com foco em 'governo eletrônico' e que vai debater em São Paulo, entre os dias 25 e 27 de maio, o uso de tecnologia para a melhoria da qualidade dos serviços públicos e da cidadania, Diniz concedeu essa entrevista ao Nós da Comunicação. Para o engenheiro, o marco civil da internet, ainda em discussão, contém três cláusulas essenciais. “A primeira delas é a que fala sobre a preservação da natureza participativa da rede; a segunda, a que garante o acesso à internet pelos cidadãos e a terceira é a proposta de adoção de tecnologias em padrões abertos”. Confira abaixo.

Nós da Comunicação – Quais as principais sugestões incorporadas à proposta de regulamentação elaborada pelo Ministério da Justiça e discutida em audiência pública na Câmara dos Deputados em 27 de abril sobre o marco civil da internet?

Vagner Diniz – Enviamos um conjunto de sugestões para serem incorporados ao marco civil da internet do meu campo de atuação de padrões abertos no W3C (World Wide Web Consortium) em que é fundamental a ideia de uma web para todos. Nesse contexto, as sugestões contempladas no marco dizem respeito ao conjunto de preocupações e cláusulas que garantem essa web para todos. A primeira delas é a que fala sobre a preservação da natureza participativa da rede. Nossa argumentação sempre foi que a rede mundial de computadores é colaborativa, construída com muitos nós que colaboram entre si no processo de transmissão de dados. Essa natureza participativa está no gene da internet.

A outra proposta é a garantia do acesso à internet pelos cidadãos, que não podem sofrer qualquer tipo de restrição, seja por dificuldade de acesso por conta de velocidade insuficiente, pouca memória ou pouco poder computacional ou porque o usuário não tem plena capacidade física. Nada disso deve ser um impeditivo para o acesso.

Uma terceira sugestão é que sejam adotadas tecnologias em padrões abertos na internet. Isso é necessário para que softwares proprietários que exigem aquisição de um programa específico não passem a ser dominantes e dificultem o acesso. Nessa mesma linha, defendemos que os dados da internet estejam abertos e reutilizáveis por máquinas e não apenas visíveis por humanos. Todos esses pontos estão efetivamente contemplados no marco civil da internet.

Nós da Comunicação – De que maneira o texto hoje em discussão, se aprovado, vai garantir privacidade e ao mesmo tempo a liberdade de expressão e informação na web?

Vagner Diniz – Da mesma forma que a lei protege a privacidade. A legislação já existente no Brasil, independentemente da ferramenta utilizada para comunicação, garante e protege a privacidade do brasileiro, que é inviolável, não importa se está comunicando pelo correio normal, eletrônico, pela TV ou pelo rádio. Qualquer violação da privacidade deve ser punida nos termos da lei e ponto final.

Nós da Comunicação – Entre os assuntos polêmicos estão a guarda pelos provedores de logs de acesso dos usuários e regras em relação aos conteúdos publicados na web. Como estão essas discussões?

Vagner Diniz – Diria que esses pontos são os que geram mais debate na legislação e ainda não estão resolvidos. Existe uma tensão muito clara entre os defensores do anonimato na internet como um fator fundamental de democracia e liberdade de informação e os defensores do registro obrigatório das ações na internet. Essa tensão está presente é não é fácil de resolver porque os dois lados se contrapõem no princípio. Até para os que defendem o registro é complicado porque não está muito claro o que seria o log ou o acesso à internet pelo cidadão. Outras dúvidas: o que será registrado nesse log? Como garantir que esse registro feito pelos provedores de acesso não será usado para outros fins? Como garantir que o registro seja inviolável, sigiloso se ele não for auditável? As duas posições são difíceis de serem contempladas na sua totalidade; a tensão vai permanecer e acredito que é preciso buscar um meio termo que resolva problemas dos dois lados.

Nós da Comunicação – Esperado para a próxima Festa Literária de Paraty, Robert Darnton, diretor da biblioteca da Universidade de Harvard, vem ao Brasil debater o futuro do livro. Em entrevistas, ele tem chamado atenção para as possíveis consequências da digitalização do acervo de grandes bibliotecas realizada pelo Google. O receio de Darnton de que o poder do Google gere um monopólio dos acervos procede?

Vagner Diniz - Pura bobagem. Em primeiro lugar, essa ideia do Google de digitalizar os acervos não vai vingar; pelo menos no que diz respeito aos livros protegidos por direitos autorais. O próprio Google já recuou diante das pressões. Não existe esse risco. A discussão mais delicada é a da propriedade intelectual no ambiente digital. Hoje temos uma legislação no mundo todo que é essencialmente fundamentada para o documento físico, impresso. Essa lei continua existindo e está desatualizada. Esse debate sobre propriedade intelectual e direito autoral no mundo digital é complexo e vem acontecendo há algum tempo. É importante que a sociedade participe disso de forma que se possa chegar a um consenso. Cada vez mais as pessoas publicam e distribuem conteúdo na internet e querem que mais pessoas leiam.

Nós da Comunicação – Você é gerente do escritório Brasil do W3C (World Wide Web Consortium), instalado por aqui desde 2007. Como é o trabalho do consórcio na defesa de uma ‘web para todos’, uma meta bem ambiciosa, não é?

Vagner Diniz – É uma meta bem ambiciosa, mas é preciso persegui-la se o que queremos é que a web tenha um impacto na sociedade e na vida das pessoas muito maior do que tem hoje. A ‘web para todos’ é uma visão do W3C de promover o debate e a produção de padrões abertos de tal forma que, por meio deles, a web seja acessível por qualquer pessoa, seja um usuário que tenha acesso por um aparelho móvel, por computador, ou qualquer outro dispositivo que venha a ter internet, como carro, relógio ou aparelho doméstico.

Ter uma web em qualquer dispositivo não importando o poder computacional, capacidade de memória ou outros recursos, é essencial para que qualquer pessoa possa usar a internet. Por outro lado, também desenvolvemos padrões que viabilizam que pessoas portadoras de deficiências físicas possam usar a internet sem restrição. É cada vez mais importante que se criem condições para que os usuários não encontrem mensagens desagradáveis, como, por exemplo: ‘Não é possível abrir esse site por falta de memória’ ou ‘Esse website só pode ser aberto pelo navegador X,Y, Z’. Essas são formas de impedir o acesso e não podem mais acontecer.

Nós da Comunicação – No ano passado, o W3C promoveu um workshop sobre o futuro das redes sociais. Uma das conclusões do encontro foi que essas redes vão crescer ainda mais e abrir possibilidades para uma arquitetura descentralizada na 'Web Social'. Na sua opinião, quais o avanços alcançados nessa matéria e quais os desafios daqui para frente?

Vagner Diniz – Muito se avançou em termos de redes sociais na medida em que o volume de usuários cresceu imensamente. Hoje são centenas de milhões em todo o mundo. As redes têm contribuído na formação de comunidades de interesses específicos que de alguma maneira são responsáveis por intervenções públicas ou atuam em defesa de interesses e direitos de vários setores. O maior desafio, no entanto, é o fato que as redes sociais criaram muros e a comunicação entre elas ainda é difícil. Se você participa de duas ou três redes precisa se cadastrar em cada umas delas, reproduzir as informações, migrar os contatos de uma para outra. Enfim, foram criadas paredes que precisam ser derrubadas para que as informações sejam intercambiáveis.

Nós da Comunicação – Qual a expectativa para o Conip 2010?

Vagner Diniz – Queremos tocar sensivelmente na necessidade de inovação e criatividade para avançar no volume e na qualidade de serviços oferecidos aos cidadãos. Se o governo não se apropriar dos processos de inovação como algo que faça parte da vida das cidades toda nossa criatividade brasileira vai acabar se perdendo. A ideia do Conip é tocar na questão que estimula inovação e criatividade como parte de um processo sistemático e corriqueiro de gestão de uma cidade. Queremos também mostrar a força da iniciativa de dados governamentais abertos ao redor do mundo; até mesmo para que a sociedade civil passe a usar esses dados a fim de gerar novas aplicações criativas, e serviços voltados para os cidadãos.

4 de maio de 2010

Pirataria: como enfrentá-la?

Por Walter Capanema

Quando se começa a estudar Direito Penal na faculdade, uma das primeiras coisas que o professor nos ensina (ou, ao menos, nos deveria ensinar) é que não são apenas os malfeitores e psicopatas que cometem crimes. As pessoas de bem cometem, diariamente, alguns pequenos delitos, quase que restritos aos crimes contra a honra (injúria, calúnia e difamação).

A pirataria, antes da Internet, era uma tarefa de persistentes usuários, que se conectavam a BBS , e baixavam programas de computador em seus valentes modems de 28.800 bps. Não era uma tarefa fácil: era preciso ter um programa de comunicação, saber configurá-lo e, ainda, ter a paciência de conseguir acessar a linha telefônica da tal BBS. Nesses tempos remotos, basicamente se pirateavam jogos e aplicativos. MP3? Nem existia ainda.

Com o surgimento e a disseminação da Internet e de sistemas operacionais amigáveis, a pirataria se difundiu de forma assustadora. Não são apenas os hard-users de outrora que pirateiam. Senhores respeitáveis, professores, advogados, médicos e donas de casa compartilham toda a sorte de material protegido.

E não se pirateiam apenas jogos e aplicativos, agora: são livros, audiobooks, músicas, filmes, revistas e HQs, séries de TV e tudo aquilo que puder ser digitalizado.

A pirataria se tornou, então, um crime praticado por todos e, tendo em vista a jurisprudência dos nossos Tribunais, a condenação, no Brasil* , basicamente se restringe à empresas que copiam ilegalmente sistemas operacionais, software de escritório e outros de elevado valor.

Mas como deter essa força, se até o Presidente da MPAA – entidade americana que defende os interesses dos estúdios de cinema - , afirmou, no excelente documentário “Good Copy, Bad Copy” , que a pirataria jamais poderá ser detida? Como lidar com um comportamento que é socialmente aceito pela maioria das pessoas, afinal, ninguém sofre preconceito por baixar músicas, filmes e programas, aliás, muito pelo contrário?

Existe, no Direito Penal, o princípio da adequação social, segundo o qual o legislador, ao criar uma lei criminal, deverá se restringir aos fatos que tenham relevância social, excluindo, segundo a doutrina de Rogério Greco, “as condutas consideradas socialmente adequadas e aceitas pela sociedade” ** .

Mas, alerta muito bem o autor, o fato de uma conduta ser praticada por todos não é suficiente para que ela deixe de ser crime, para que a sua norma seja revogada e desapareça do mundo jurídico.

Veja o caso do crime de adultério (art. 240 do Código Penal). Esse crime surgiu com o próprio Código, na década de 1940, e nesse tempo, muita gente foi presa. Com as ideologias do amor livre e da liberdade sexual dos anos 60, se admitiu o casamento aberto, e daí, cada vez mais esse crime era praticado, e a lei ainda tinha a sua vigência. Esse artigo só foi revogado em 2005, pela Lei Federal 11.106.

Para que a pirataria seja socialmente aceita, seria necessário revogar os dispositivos legais que tratam da violação de direito autoral do art. 184, CP (obra literária, científica ou artística), bem como o dispositivo que versa sobre os direitos do autor de programa de computador (art. 12 da Lei 9.609/98).

Surge, então, uma questão que sempre é esquecida pelos defensores da pirataria: a lei penal, quando prevê um crime, faz isso para proteger um determinado bem.

Assim, por exemplo, quando o Código Penal proíbe o homicídio (art. 121, CP), está, inegavelmente, protegendo a vida humana. E nos supramencionados art. 184 e 12, o direito autoral. A revogação dessas duas normas, embora se atendesse a uma conduta socialmente aceita, estaria deixando desprotegido o direito do autor.

Defendo que a pirataria deve continuar a ser criminalizada sim. Proteger o direito autoral é proteger a inteligência humana e suas manifestações artísticas. Todavia, entendo que esse combate não deve ser feito apenas pela lei penal.

A própria ciência econômica e as técnicas de mercado podem ser utilizadas para coibir a pirataria. Deve-se prover incentivos e facilidades para o pirata-infrator “trocar de lado” e adquirir o produto de forma legal.

Essa assertiva parece inocente e quase impossível de ser realizada. Mas, na prática, já se tem um exemplo fantástico: a App Store , da Apple, com programas e jogos para seus dispositivos móveis e telefones (iPad, iPod Touch e iPhone). O software é oferecido por preços irrisórios, em comparados aos demais, e há grande facilidade em adquirí-los e instalá-los nos gadgets. Além disso, é uma inteligente plataforma de marketing para seus produtos.

Elimina-se o trabalho de procurar, baixar e instalar um programa pirata e, ainda, há a compra legal por um preço justo e com suporte técnico.

Portanto, a pirataria, por mais corriqueira que seja, deve continuar a ser criminalizada, para proteger o direito do autor. Todavia, o mercado deve buscar, através de preços justos e facilidades, a incentivar o pirata a largar sua vida de crimes.


NOTAS:

BBS = Acrônimo de Bulletin Board System – eram sistemas de computadores que permitiam a conexão remota, para a troca de mensagens entre usuários e o download e o upload de arquivos. Algumas, mais profissionais, cobravam uma taxa mensal de uso.

* = Nos EUA, já se tem notícia de alguns casos de condenação de pessoas físicas pelo download ilegal. Contudo, os casos são insignficante comparados a quantidade de programas piratas que existem em sites norte-americanos.

MPAA = Motion Picture Association of America – Associação das Empresas de Cinema dos EUA, em uma tradução livre.

“Good Copy, Bad Copy” = Esse documentário pode ser legalmente baixado utilizando o protocolo Bittorrent. O endereço fornecido pelo produtor do filme, informado no site oficial (http://www.goodcopybadcopy.net), é http://thepiratebay.org/tor/3700777/Good_Copy_Bad_Copy_-_XviD.

** GRECO, Rogério. Curso de Direito Penal: Parte Geral. 5. ed. Niterói: Impetus, 2005.

App Store = Disponível em http://www.apple.com/iphone/appstore. Acesso em 15.04.2010.


O Autor: Walter Aranha Capanema é advogado, consultor, coordenador do Projeto “Combate ao Spam”. e Professor de Direito Administrativo, Metodologia da Pesquisa e Didática da Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro (EMERJ); de Direito Público dos Cursos de Pós-Graduação em Direito Público e Direito Imobiliário da Universidade Estácio de Sá (UNESA) e de Direito do Estado da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Autor do livro “O spam e as pragas digitais: uma visão jurídico-tecnológica” (Editora LTr, 2009), e de diversos artigos publicados.

3 de maio de 2010

Ética Nas Organizações Modernas

Ética, enquanto filosofia e consciência moral, é essencial à vida em todos os seus aspectos, seja pessoal, familiar, social ou profissional.

Pedro de Souza Filho


Nestes tempos de globalização e reestruturação competitiva, as empresas que se preocupam com a ética e conseguem converter suas preocupações em práticas efetivas, mostram-se mais capazes de competir com o sucesso e conseguem obter não apenas a satisfação e a motivação dos seus profissionais, mas também resultados compensadores em seus negócios.

Ética, enquanto filosofia e consciência moral, é essencial à vida em todos os seus aspectos, seja pessoal, familiar, social ou profissional. Assim, enquanto profissionais e pessoas, dependendo de como nos comportamos, por exemplo, em nossas relações de trabalho, podemos estar colocando seriamente em risco nossa reputação, nossa empresa e o sucesso em nossos negócios.

A sobrevivência e a evolução das empresas e de seus negócios, portanto, estão associadas cada vez mais à sua capacidade de adotar e aperfeiçoar condutas marcadas pela seriedade, humildade, justiça e pela preservação da integridade e dos direitos das pessoas.

O que é ética?
Numa definição bem geral, como disciplina ou campo de conhecimento humano, ética se refere à teoria ou aos estudos sistemáticos sobre a prática moral. Dessa forma, ela analisa e critica os fundamentos e os princípios que orientam ou justificam determinados sistemas e conjunto de valores morais. É, em outras palavras, a ciência da conduta, a teoria do comportamento moral dos homens em sociedade.
Para Marilena Chauí é "a educação de nosso caráter, temperamento ou vontade pela razão, em busca de uma vida justa, bela e feliz, que estamos destinados por natureza". Traduzindo: o processo consciente ou intuitivo que nos ajuda a escolher entre vícios e virtudes, entre o bem e o mal, entre o justo e o injusto. É a predisposição habitual e firme, fundamentada na inteligência e na vontade, de fazer o bem.

Ser ético, portanto, é buscar sempre o bem, combater vícios e fraquezas, cultivar virtudes, proteger e preservar a vida e a natureza.

Também abrange toda reflexão que fazemos sobre o nosso agir e sobre o sentido ou missão de nossa vida, bem como sobre os valores e os princípios que inspiram e orientam nossa conduta, buscando a verdade, a prática de virtudes e a felicidade.

Não devemos confundir ética e moral. A ética não cria a moral nem estabelece seus princípios, normas ou regras. Ela já encontra, numa dada sociedade ou grupo, a realidade moral vigente e parte dessa realidade para entender suas origens, a sua essência, as condições objetivas e subjetivas dos atos morais e os critérios ou parâmetros que justificam os juízos e os princípios que regem as mudanças e sucessão de diferentes sistemas morais.

A ética também estuda e trata a responsabilidade do comportamento moral. A decisão de agir numa dada situação concreta é um problema prático moral; investigar se a pessoa pôde ou não escolher e agir de acordo com a decisão que tomou é um problema teórico - ético, pois verifica a liberdade ou o determinismo ao qual nossos atos estão sujeitos. Se o determinismo é total e vem de fora para dentro (normas de conduta pré-estabelecidas às quais devemos nos ajustar) não há qualquer espaço para a liberdade, para a autodeterminação e, portanto, para a ética.

Ganhos e benefícios

* Possibilidades de construir uma cultura ética profissional e empresarial verdadeira e apropriada aos novos tempos;
* Harmonia e equilíbrio dos interesses individuais e institucionais;
* Satisfação e motivação dos colaboradores e melhoria da sua qualidade de vida integral;
* Fortalecimento das relações da empresa com todos os agentes envolvidos direta ou indiretamente com as suas atividades;
* Melhoria da imagem e da credibilidade da empresa e de seus negócios;
* Melhoria da qualidade, resultados e realizações empresariais.

COMO EVITAR O RETRABALHO - Seja produtivo!

Boris Drizin
Administrador, Mestre e Doutor em Administração pela EAESP/FGV

Alguns pontos são cruciais e muitas vezes relegados para um segundo plano, ou até ignorados, pelos pequenos empresários, no dia a dia e na gestão de seus empreendimentos.

Como, geralmente, o pequeno empreendedor tem, em sua empresa, uma organização enxuta, há naturalmente um acúmulo de funções e, portanto, uma necessidade executar várias tarefas simultaneamente, ou pseudo simultaneamente, e de estar sempre atento a vários aspectos do negócio.

Para tal, o planejamento, o controle do tempo e evitar o retrabalho são pontos fundamentais.

Em artigos anteriores já tinha tratado do tema planejamento e de controle do tempo, hoje, ao ler meus e-mails, RSS, etc,etc,etc.como todo o “profissional conectado” faz na primeira hora do dia de trabalho, deparei-me com um artigo interessante do Boris Drizin, sobre retrabalho.

Tomei a liberdade de o transcrever abaixo e no final estão as referências e fonte do artigo. Boa leitura.

Evite Retrabalho Adotando uma Atitude e Prática Proativa

Ansiedade, precipitação, pressupostos falsos, má comunicação, falta de pensar antecipadamente, falta de revisão e controle são, geralmente, as causas principais do retrabalho. Para eliminar este grande e frequente desperdiçador de tempo, esforços e energia, precisamos cultivar e desenvolver novas maneiras de pensar e de agir. Veja abaixo quinze dicas poderosas para evitar o retrabalho.

1. Antes de iniciar um trabalho, planeje-o. Isso diminuirá o tempo de sua execução e evitará erros e falhas. Pense em como fazer bem feito e entregá-lo sem erros já na primeira vez. Pense em como certificar- se de que o trabalho será de fato completado corretamente.

2. Lembre-se que o retrabalho (fazer duas ou mais vezes uma mesma tarefa devido a erros) é quase sempre causado por ansiedade, precipitação, pressupostos falsos, má comunicação, falta de pensar antecipadamente sobre a melhor maneira de fazer a tarefa, e falta de revisão e controle.

3. Pressuponha sempre que problemas, erros e falhas de atuação e/ou comunicação são possíveis de acontecer e que poderão ocorrer.

4. Desenvolva uma atitude preventiva. Sempre espere que haja um erro, falha, esquecimento, atraso. Procure preveni-los antes que ocorram.

5. Mantenha um registro de problemas, erros e falhas mais comuns cometidos por você ou por terceiros envolvendo você, e aprenda com estes erros, lembrando-se deles e evitando-os no futuro.

6. Mantenha checklists (listas de verificação) para servir de memória e controle ao realizar tarefas que tenham itens para lembrar e/ou verificar.

7. Crie (e use) formulários padronizados para tarefas e comunicações que você faz regularmente. Ao preencher os campos destes formulários, você poderá lembrar-se de coisas que talvez sem estes formulários não se lembraria.

8. Procure fazer seus trabalhos e entregar suas tarefas antes do prazo final (deadline) estabelecido. Se o prazo final for dia 30, por exemplo, estabeleça a entrega (data-alvo) para alguns dias antes. Assim, além de você estar prevenindo a possibilidade de atrasos e/ou necessidade de correção do trabalho, você estará se prevenindo contra o stress de trabalhos feitos em cima da hora, que aumentam a probabilidade de erros e portanto de retrabalho.

9. Certifique-se de que tudo o que você está fazendo, está sendo feito corretamente. Por exemplo, ao enviar um e-mail, certifique-se de que o destinatário realmente o recebeu. Ao transcrever dados, certifique-se de que os mesmos foram copiados corretamente. Ao escrever o nome de alguém, tenha a certeza de que o mesmo foi anotado com a grafia correta.

10. Ao comunicar-se com uma pessoa, certifique-se de que a sua mensagem foi de fato compreendida e/ou anotada corretamente. Lembre-se de que nem sempre o que você diz é de fato o que os outros estão compreendendo. Peça para a outra pessoa repetir o que entendeu ou anotou da sua mensagem.

11. Ao receber informações de terceiros, certifique-se de que aquilo que a pessoa lhe passou foi mesmo o que você compreendeu e anotou. Repita a mensagem em voz alta.

12. Sempre parta da premissa de que aquilo que a pessoa lhe informa não é tudo o que a pessoa deve ou pode lhe informar nem é tudo o que você precisa saber. Verifique o que falta e pergunte sempre mais.

13. Sempre que você estiver anotando um recado para uma outra pessoa, coloque-se no lugar dela e procure fazer perguntas que possam ajudar na transmissão da informação (o que, quem, para que, como, onde, quando, por que…)

14. Fique atento às dúvidas, duplos sentidos, e lacunas que normalmente as mensagens trazem e procure esclarecê-las.

15. Lembre-se que a causa de retrabalho são erros. Portanto, planeje antecipadamente. Preveja e previna possíveis falhas, enganos e erros. Ao executar qualquer tarefa, revise, confira, teste, reveja, averigue, certifique-se. Retrabalho é um grande desperdício. Faça certo na primeira vez.

Questões para Reflexão e Ação:

•Em que áreas ou atividades eu frequentemente tenho retrabalho?
•A quais pontos acima devo estar mais atento?
•Que medidas preventivas posso adotar para evitar o retrabalho?

FONTE: Este texto faz parte do workbook (Livro de exercícios e leitura) que é distribuído no Curso da TIMING “Administração do Tempo, Produtividade Pessoal e Eficácia no Trabalho”.