16 de dezembro de 2010

Empreendedorismo: Muito além das Redes Sociais

Por Aline Souza - Jornalista Zeta Probus

Fábio Seixas - Criador da Camiseteria
De acordo com o site e-commerce, lojas virtuais surgiram em meados dos anos 1990 e são a face visível de uma verdadeira revolução no comércio. Nas lojas virtuais não há necessidade da presença física nem do comprador, nem do vendedor; lojas virtuais não necessitam do manuseio de papel moeda e, tampouco, necessitam da mercadoria no momento da transação. Nas lojas virtuais, a relação ocorre entre um comprador e um sistema hospedado em um computador localizado em qualquer lugar do planeta.

A febre de comprar pela internet, com todas as suas vantagens, parece ser mesmo uma forte tendência inabalável que tende a crescer. Entretanto, muito antes disso uma idéia bastante criativa já havia invadido as ruas, os gostos juvenis e a própria internet. Estamos falando da loja virtual Camiseteria, que produz e vende estampas de camisetas nos mais variados estilos e que também possibilita que o comprador crie sua própria estampa. A loja foi criada para ter dentro do mesmo sistema de vendas on-line uma rede social, um sistema de concurso de votação de estampas para camisetas, principal produto da empresa, e um sistema de blogs para usuários cadastrados. Conversamos com um dos sócio-fundadores, Fábio Seixas, que nos contou como surgiu a idéia.

“Tudo começou quando o Rodrigo David, um dos sócios, participou de um concurso de estampas de camiseta fora do país e, em cima dessa experiência, decidimos trazer o modelo de negócios para o Brasil. A formação do Rodrigo David é designer gráfico e como profissional da área ele percebia a carência do mercado em oferecer um ‘espaço’ para formação de uma comunidade, troca de idéias, exposição de trabalhos, etc. Em cima disso e de olho no que estava rolando fora do país, foi que surgiu a loja. Em agosto de 2005 o site entrou no ar”, declara. Fábio, que hoje trabalha dando palestras e conferências sobre o “case” da empresa, falou para o Blog MÍDIA E GESTÃO sobre a experiência de venda virtual e seu relacionamento com as redes sociais no mundo dos negócios.

No Brasil, as redes sociais vêm mudando o modo de pensar e agir das pessoas, principalmente aquelas da chamada Geração Y. Para Fábio, neste novo cenário as pessoas estão percebendo que possuem mais poder à sua disposição. “As redes sociais são grandes disseminadoras de poder. As pessoas agora têm mais voz e são mais ouvidas e isso muda muito a relação das pessoas com outras pessoas e empresas. Estamos nos tornando mais espertos no trato com empresas, por exemplo. Estamos ficando cada vez mais atentos ao modo como as empresas lidam conosco”, afirma. Na opinião de Fábio, a Geração Y está crescendo com esse modo de pensamento padrão e nada diferente disso fará sentido daqui pra frente.


Os profissionais que pertencem a esta geração lidam de forma muito distinta com a informação e com os modelos de consumo. De acordo com o empresário, a informação serve para orientar nossas decisões ao longo da vida e, em abundância, tende a ser algo bom para a sociedade. “Estamos ainda aprendendo a lidar com o grande volume, mas a disponibilidade imediata de tanta informação só tem agregar. Essa mesma informação nos auxilia no processo de decisão de compra. Hoje somos mais conscientes em relação a esse processo justamente pela informação que temos acesso”, disse ao blog.

Fábio afirma que sempre percebeu ser possível explorar as potencialidades das redes sociais para alavancar o negócio, tanto que criou o modelo da loja virtual como uma rede social. “Sempre buscamos entender o perfil de cada mídia nova para ver como podemos potencializar seu uso”. Cada dia mais o que se vê são as redes sociais ocupando um importante papel como novas mídias para as empresas. “Acredito que essas mídias são uma forma barata e ainda assim muito poderosa de relacionamento e marketing, tanto é que usamos esses canais para fazer atendimento ao cliente também”, explica Seixas.

Para diversas empresas, inclusive do ramo corporativo, a atuação com redes sociais ajuda a focar clientes em potencial, pois “o contato é facilitado, é mais direto e a empresa deixa de ser vista como uma corporação e passa a imagem de um ‘amigo’ com quem se pode tirar dúvida, dar sugestões e alguém com quem podem contar”, disse. De acordo com Fábio, não há diferença dessa atuação para empresas de ramos diferentes já que o objetivo sempre é o mesmo: relacionamento com o cliente. “O produto em si não importa, mas sim, se a empresa consegue se comunicar de maneira efetiva com o cliente”. Este é, sem dúvida, o grande desafio das empresas na imensidão do mar das redes sociais, fazer a diferença com conteúdo e relevância dita o sucesso nesta navegação.

Para saber mais sobre a Camiseteria acesse http://www.camiseteria.com/

Siga no twitter: @midiaegestao / @Camiseteria / @souzaline / @zetaprobus

10 de dezembro de 2010

Desenvolva sua carreira: Comporte-se na rede


Até 2012, as redes sociais deverão reunir mundialmente 800 milhões de pessoas. O tempo despendido online nos sites de relacionamento saltou de três para cinco horas e meia por mês nos últimos três anos, e sete em cada dez adultos usam as redes para contatos profissionais. Com toda essa atividade virtual, é normal que as questões de relacionamento da vida offline migrem para o ambiente online. Aqui, a resposta para algumas delas

Um contato profissional me chamou para ser “amigo” no Facebook ou no Orkut. É indelicado recusar?

Um convite para participar de uma rede social é como um convite na vida real. Você só aceita se achar que vale a pena. “Recusar é um direito seu”, diz a consultora de etiqueta (não virtual) Célia Leão, que dá palestras e cursos sobre o assunto em empresas.

As empresas dão importância ao que se escreve nas redes sociais ao analisarem currículos?

Muita. Por isso é importante cuidar de tudo o que você escreve quando assina seu nome embaixo. Se for uma empresa da área de tecnologia, a importância é ainda maior. “Se o candidato não tem perfil online, se não está nas redes, não participa de blogs ou fóruns, enfim, se ele não está acostumado a se relacionar na rede, nem chamo para a entrevista”, diz Ricardo Jordão, da consultoria de marketing BizRevolution, de São Paulo.

Em redes sociais voltadas para o trabalho, como é o caso do LinkedIn, dá pra recusar convites?

Você só aceita os convites que quiser, mesmo se for para recomendar alguém, ou para apresentar um amigo a outro contato na rede.

É ruim misturar assuntos pessoais e profissionais no Twitter?

Não há mal em fazer brincadeirinhas ou posts pessoais. Agora, se você quer relevância profissional, concentre-se em sua área de atuação. “Há redes com perfil pessoal, como o Orkut, e outras mistas, como o Twitter. Escolha a que tem a ver com seu objetivo”, diz Rui Gianolla, da agência Air, de mídia digital, em São Paulo.

Qual é a regra geral para ter um blog ou perfi l com o mesmo “tema” de seu trabalho na vida real?

Recentemente, a Intel publicou diretrizes para funcionários que quiserem usar mídias sociais. E deixou bem claro que seu mau uso pode colocar em risco o futuro dos funcionários na companhia. A empresa incentiva a participação de seus empregados, mas dá a dica: “Você não deve denegrir nossos concorrentes nem precisa responder a todas as críticas”. Um estudo feito pela consultoria americana Proof- Point com empresas com mais de 1 000 funcionários mostrou que 8% já demitiram um funcionário por causa de posts inadequados.


Fabiana Corrêa
Revista Você S/A

8 de dezembro de 2010

Gestão descentralizada aproxima empresa de colaboradores

por Tatsumi Roberto Ebina*


Até certo tempo, reduzir o nível hierárquico dentro das empresas ou modificar seu modelo de gestão era um desafio impensável para a maioria dos executivos. No modelo hierarquizado, o problema se concentra na comunicação e na produtividade que cada executivo ou colaborador adiciona ao negócio. Entretanto, alguns movimentos começaram a aparecer no sentido de reduzir ou horizontalizar tais estruturas. Ousar adotar um modelo de gestão diferenciado tem colaborado para que algumas companhias se tornem referências em suas áreas de atuação.

Inspirados em empresas com modelos alternativos de gestão, muitos empreendedores e executivos ampliaram seu campo de visão e começaram a utilizar parte das práticas destas organizações como ferramentas para melhorar sua produtividade e estimular os colaboradores. Com isso, algumas empresas obtiveram bons resultados e outras não mudaram tanto, porque, no fundo, é preciso uma política consistente de valores, uma filosofia empresarial que assegure a manutenção do modelo adotado em todas as circunstâncias de mercado.

O mundo dos negócios é moderno e veloz, exigindo dos profissionais foco permanente na satisfação do cliente através de uma equipe consistente com ações que gerem esta satisfação. Contudo, a grande maioria das empresas ainda se baseia em teorias de gestão antigas, com mais de cem anos de existência. Assim como mudam os mercados, os cenários, os consumidores, é preciso que as empresas acompanhem estas alterações e atualizem suas formas de gestão. Estimulando o colaborador e dando autonomia de trabalho, os resultados poderão ser mais satisfatórios. Controlar a equipe com rédeas curtas impede o desenvolvimento e ascensão profissional, além de desestimular a capacidade inovadora e criativa.

No modelo de gestão tradicional que as empresas utilizam, quando se criam os departamentos responsáveis, as pessoas que vão ocupar estas posições se arvoram de poder e status. Por vezes a prepotência do conhecimento fala mais alto e começam a surgir duas classes de pessoas em uma organização, os que mandam (ou pensam que mandam) e os que obedecem (ou fingem que obedecem). Todas as características anteriores começam a se esvair e um novo ambiente se forma, trazendo burocracia e fazendo com que os colaboradores gastem energia para sustentar um sistema menos produtivo.

*Tatsumi Roberto Ebina é o sócio-diretor e fundador da Muttare, consultoria de gestão fundada

30 de novembro de 2010

Como se comportar no twitter?



O mais famoso microblog tem suas características que fazem com que pessoas sejam mais ou menos seguidas, estas características positivas e negativas veremos neste artigo. A aplicação equivale tanto para pessoas quanto para empresas.

Vou postar o que quiser!

Aquele cara chato que fica o dia inteiro postando bobagens no twitter será que tem mais seguidores do que aquele que posta coisas úteis? Será que todas as pessoas que o seguem querem saber quantas vezes você foi ao banheiro hoje? Ou que chove na sua cidade no interior dos confins? Ou ainda, bom dia no twitter, porquê?

Eu costumo seguir um monte de pessoas em minha conta pessoal, de umas gosto mais de outras menos. As que mais perturbam começam a ser removidas e assim vou criando um cerco de pessoas que estão de alguma forma interligadas comigo, seja por amizade, parentesco ou por interesses. Acredito que esta é a chave do twitter. Você segue quem quiser e que lhe agrada. Se a sua ideia é ter seguidores, pense da mesma forma. O que seria interessante eu postar que meus seguidores fossem gostar? Outras redes sociais incorporaram a ideia do "o que estou pensando", então vejo o Orkut como sendo uma rede mais apropriada para contatos mais pessoais, ou seja, postar lá que você foi 300 vezes no banheiro este mês.

Relevância é tudo

As pessoas lhe seguem por que é relevante a elas. Você por algum motivo despertou o desejo desta pessoa em ver o que você pode trazer de benefícios a vida dela. Sejam intelectuais, emotivos, engraçados, enfim, algo atraiu esta pessoa. A relevância é tudo. Traga aos seguidores o que eles querem que você poste, sei que não é fácil de encontrar esta chave, se fosse todos teriam milhões de seguidores, mas busque a sua.

O twitter não é chat!
 
O seu amigo manda uma mensagem para você, claro que deve responder. Agora não vá começar uma conversa de horas com o fulano que você não vê a 10 anos. Seus amigos podem querer ouvir a história, mas nem todos o querem.

Notícia quentinha
 
Se você é assíduo usuário do twitter deve ter reparado que consegue saber de tudo, absolutamente tudo, o que acontece no mundo em tempo real. Em 11 de setembro de 2001 não havia o twitter para ter contado toda a história, mas podemos nos lembrar da tragédia do Haiti, que muitos de nós ficamos sabendo das informações antes mesmo dos principais meios de comunicação terem publicado. O que isto nos remete? Que podemos usar o microblog como ferramenta de divulgação para nossas benfeitorias. No twitter da @oficinadanet você sabe de todas as novidades do site, sabe quais notícias, artigos, eventos e empresas estão participando, minutos depois que foram postadas. É isto que o twitter tem de bom. Informação boa e rápida, no tempo em que elas acontecem. Vivemos em um mundo globalizado cada vez mais com menos tempo para desperdiçar, ferramentas como esta nos ajudam a salvar algum tempo. Siga os jornais que você costumeiramente lê, verá que as principais manchetes lá também estão.

Cuidado no que falar

Cuidado em cada um dos 140 caracteres digitados. O provérbio já dizia: "Há três coisas que jamais voltam: a flecha lançada, a palavra dita e a oportunidade perdida". No twitter não é diferente. A twittada postada não volta, e assim que pessoas perdem empregos e até mesmo são processadas. Aqui no Oficina da Net noticiamos dois casos, da estagiária que insultou o povo do nordeste, e do funcionário que insultou torcedores. Antes que você seja a próxima "vítima", se é que assim pode ser chamado, releia seus caracteres antes de apertar o botão. #ficadica.

Não perturbe

Se uma pessoa/empresa não lhe segue, não fique perturbando-a. É escolha livre desta pessoa não lhe seguir, então pare de atormentar a lista de "Mentions" desta. Seja relevante para esta pessoa que talvez ela começará a lhe dar um valor melhor.

Se pararem de lhe seguir não fique com raiva da pessoa

Quando as pessoas param de lhe seguir é justamente por que você não faz mais "sentido" a esta. Traga de volta o motivo que fez esta lhe seguir, veja quais foram seus erros para que você recebesse o "unfollow" e não torne a pessoa seu pior inimigo, o problema às vezes pode ser você!

Busque referências

Saiba como pessoas ícones da internet no Brasil usam as redes sociais. As dicas que eles oferecem podem muito bem serem aproveitadas, consumidas. No final deste texto colocaremos algumas pessoas que consideramos "top" no que atuam. Aprenda então com quem sabe.

Referência de pessoas

Aprender a criar e ganhar dinheiro com blogs: @escoladinheiro

Mídias sociais: @interney
@renedepaula

SEO: @fabioricotta
@mestreseo

E-commerce: @mauriciorj

Recursos Humanos: @zetaprobus / @buscarh

Gestão: @midiaegestao

Entretenimento: @radio_rh / @cinegestao


Fonte: http://www.oficinadanet.com.br/

A Geração Y tem jeito?

Sidnei Oliveira

A cada encontro, workshop e palestra que apresento, sou questionado sobre as características dos jovens de hoje, conhecidos como Geração Y. A principal preocupação quase sempre é como orientar os jovens de forma que não percam suas melhores características?

Talvez já tenhamos passado da hora de discutir sobre como “dar um jeito” na Geração Y.

O que temos agora é um cenário estabelecido, com comportamentos sedimentados pelo “jeito” que lidamos com esta geração quando ela ainda estava em formação. Devemos nos adaptar a este novo cenário, afinal, muitos comportamentos atribuídos a Geração Y, fazem parte de nosso cotidiano, independente da geração. Por exemplo, muito se fala da capacidade de realizar diversas coisas ao mesmo tempo - os multitarefas – qualquer pessoa hoje é um pouco assim, assiste um programa na TV enquanto está respondendo um email no notebook ou atende o celular enquanto está dirigindo.

A Geração Y cresceu de forma diferenciada. São jovens completamente conectados, que possuem uma grande intimidade com as novas tecnologias de comunicação ( internet, celulares e redes sociais). Eles valorizam muito os relacionamentos e buscam participar de experiências inovadoras. Gostam de desafios onde possam usar todo seu potencial e que proporcionem feedbacks rápidos. São mais pragmáticos, contudo perdem o foco com facilidade.

Eles já começam a liderar o mercado com estas características, contudo isso representa um grande desafio para os pais, professores e gestores de empresas que ainda não sabem e não se prepararam para lidar com esta geração.

O que é que pode ser feito então?

Diante deste novo cenário é preciso fazer uma auto-crítica nos processos de educação de base, aqueles que começam na família e se estendem pela escola.

Primeiramente nós, como pais, precisamos sair da postura passiva e voltar a protagonizar a educação. Já não podemos mais “terceirizar” a educação de nossos filhos, acreditando que apenas colocando-os em um excelente colégio estaremos garantindo uma boa educação.

Os modelos educacionais atuais estão sendo colocados à prova, pois são baseados na transferência de informações de forma estruturada e programada. Cada criança que entra na escola recebe informações em doses homeopáticas e orgânicas. O mesmo acontece nos lares, onde os pais acreditam manter o controle ao estabelecer a educação dos filhos a partir da liberação gradual de informações.

Evidentemente nos dias atuais, onde o Google provê toda informação de forma caótica, desestruturada e absolutamente acessível, este modelo não encontra mais cenário e os pais e professores, assim como os gestores nas empresas, estão descobrindo que sua autoridade e poder estão sendo contestados, provocando a sensação de não saber como lidar com os jovens.

O maior desafio talvez seja o de proporcionar um ambiente mais adequado no mercado de trabalho, preparando os jovens para serem os profissionais do futuro - os lideres do futuro.

Estamos em um tempo de mudanças de paradigmas. Os novos comportamentos e expectativas dos jovens profissionais estão pressionando as empresas a adotarem mudanças significativas nas relações com seus empregados. O modelo atual surgiu há mais de 50 anos e não reflete mais a atualidade.

Trabalhar em casa já não é mais um absurdo, principalmente depois do surgimento do notebook, celulares e emails. Conceitos como "dias úteis" e "horário comercial" estão completamente alterados com toda tecnologia digital. O jovem profissional sabe que o trabalho está invadindo sua "vida pessoal", por isso acha natural que "sua vida" também invada o trabalho.

Entre as principais contribuições que esses jovens podem oferecer às empresas em que trabalham certamente está a ousadia para "quebrar paradigmas" e promover inovações que possam diferenciar a empresa no mercado hiper-competitivo. Evidentemente a empresa precisa criar um ambiente propício para isso. Não adianta contratar jovens para inovar e depois exigir deles que façam seu trabalho somente de acordo com os procedimentos estabelecidos, aqueles do tipo: "sempre foram assim e sempre deram resultados".

Este é o grande dilema, pois o conhecimento tácito, adquirido com a experiência funcional, ainda está restrito aos profissionais mais experientes, que relutam em transferir estas experiências para os mais jovens, demonstrando evidente comportamento de auto-preservação.

O jovem da geração Y não convive com este tipo de cenário por muito tempo e isso tem provocado o aumento nos índices de rotatividade das empresas – entenda-se "aumento dos custos de qualificação e reposição do quadro de funcionários". O jovem atual é o primeiro profissional que manifesta a expectativa de conciliar suas "duas vidas", por isso as empresas devem reavaliar muitas de suas diretrizes, pois precisam manter este novo profissional.

Devemos lembrar o tempo todo que os jovens se preparam para empregos que ainda não existem, onde usarão tecnologias que ainda não foram inventadas para resolver problemas que ainda não sabemos que serão problemas.

E-mail marketing em 140 caracteres

Com o surgimento da Internet, a evolução da mídia e as mudanças na gestão de organizações, as cartas físicas deram lugar ao e-mail. Hoje o e-mail já anda perdendo espaço para os serviços de mensagens instantâneas e as redes sociais, mas ainda assim é muito utilizado principalmente em ambientes corporativos. Uma prática que evoluiu também com a era digital foi o e-mail marketing, que dispensa apresentações.

Todo mundo que tem um endereço de e-mail, certamente, já recebeu um e-mail marketing, que muitas vezes torna-se SPAM, mas que também pode trazer informação e conteúdo de qualidade. As redes sociais, por exemplo, utilizam como canal de comunicação, sobre as atualizações do site, o e-mail, por essa questão o correio eletrônico vem ganhando força novamente.

Uma iniciativa desenvolvida pela empresa Frontier tem obtido bons resultados integrando o e-mail marketing às redes sociais, mais precisamente ao Twitter, microblog que comporta 140 toques por postagem. Se o e-mail marketing é a evolução da carta física, a integração com as redes sociais já alça a um novo patamar de tecnologia.

"Eu consigo contabilizar quantas pessoas deram um RT, quem são os principais viralizadores e quantas pessoas clicaram lá. Daí consigo fazer mais ações direcionadas", explica o sócio fundador da Frontier, Edson Barbieri. A ação está em prática há pouco mais um mês tem trazido bons resultados para os clientes.

Dentre os clientes que estão usando essa prática, quatro têm utilizado de uma forma mais intensa, segundo Barbieri, são os que possuem maior potencial para essa prática. A Sams Club é uma das empresas que está entre elas. "Nosso Twitter, por exemplo, recebe novos seguidores a cada disparo de e-mail e, por outro lado, os seguidores que ainda não recebiam e-mails marketing, acabam se cadastrando através de links que postamos no Twitter", diz Fátima Leal, do Marketing da Sams.

Riscos do pássaro azul


Mas afinal, como funciona essa integração? Fácil! O administrador da ferramenta cria um link adaptável ao Twitter que é postado assim que o e-mail é enviado. Com esses recursos, os próprios seguidores da empresa podem fazer a divulgação da informação.

Mesmo tendo um grande potencial para divulgação, ainda há riscos para a empresa que decida aventurar-se no site do pássaro azul. Uma ação de marketing pode tanto ser vista com olhos que lhe dignifiquem retweets, como por outros que não gostem tanto assim e gerem ruídos acerca da empresa "É sempre bom criar áreas para cuidar dessa parte, caso já não haja, para que possam medir a temperatura e interagir ajustando a reação daquela ação, sem agir de uma forma muito agressiva", explica Barbieri.

Além disso, há a necessidade de que a empresa se atente às campanhas que divulga. Ações direcionadas, por exemplo, não podem ser levadas ao Twitter. Existem planos futuros da Frontier para integrar o e-mail marketing também ao Facebook.


Autor: Paulo Gratão

16 de novembro de 2010

Negócios sociais: a revolução das novas mídias

Sua empresa está preparada para as mídias sociais? Quando digo preparada falo em conhecer a própria identidade. E não de ter um perfil no Facebook ou de tuitar notícias. É moda hoje em dia deslocar um estagiário para acompanhar o que se fala do empreendimento no mundo virtual e, eventualmente, sugerir visitas ao site, postar notinhas e assim por diante. Depois, quando não há resultado, os empresários culpam a falta de maturidade das redes e seu público. Eis um caso clássico de miopia digital.

Para dar certo nas novas mídias, você tem de ser dono do que poderíamos chamar de um negócio social. Ou seja, um empreendimento que estabelece raízes e se nutre das trocas nessa nova realidade. Antes de surfar nas redes, a empresa deve conhecer a própria marca profundamente. E identificar o que os clientes realmente amam nela ou qual forma e valores espelham os desejos desse público. Desse modo, você pode oferecer algo palpável, um motivo para seus consumidores se relacionarem com a marca.

Mas prepare-se: esse momento pode ser doloroso. Grande parte das vezes, o que o empreendedor quer não é exatamente o que ele tem. Ou seja, a percepção pública da marca pode ser muito diferente do imaginado. O sucesso nas mídias sociais depende desse posicionamento.

A mesma lógica da sustentabilidade se aplica à nova realidade virtual. Uma empresa sustentável não é aquela que faz eventos de preservação, como forma de compensar o impacto de sua atividade, mas sim quem incorpora os valores ao negócio e, assim, pauta suas ações pelas responsabilidades ambiental, social e econômica.

Um negócio social também se relaciona com seu público virtual com a naturalidade de quem conversa com um amigo. No caso, milhares, talvez milhões deles. Essa nova natureza pressupõe que interagir com uma marca é uma experiência. Ou seja, a via é de mão dupla. A empresa na web 2.0 e além não pode ser um totem inacessível e apenas comunicar suas novidades. O consumidor espera atenção – imediata – e uma troca. De informações, de vantagens e até mesmo de confidências.

Para as pequenas e médias empresas, as mídias sociais representam uma grande chance. Na rede o tamanho é relativo. Marcas pequenas podem concorrer com gigantes. Depende, na verdade, mais delas próprias e de suas estratégias.

É possível sim, alavancar vendas ou fidelizar clientes através das mídias sociais. Mas para isso a empresa deve incorporar suas estratégias na web 2.0 ao planejamento. Tem de estar no DNA do negócio. É preciso estabelecer metas, um orçamento, desenvolver métricas e revisar os resultados com periodicidade. Nesse plano, tem de estar previstos custos com promoções, descontos, brindes, acompanhamento de conteúdo e divulgação.

Não é necessário gastar um dinheirão. O que vale mesmo é a criatividade. Um restaurante, por exemplo, pode promover sua própria Restaurant Week fora de época para seus seguidores do Facebook. Ou ainda oferecer um preço supervantajoso se a história for retuitada um X número de vezes. Uma loja de roupas pode desovar seu estoque parado com descontos especiais a seus seguidores.

Uma loja pode promover sessões de cinema com pipoca e refrigerante, promover debates, serviços a domicílio, aulas e assim por diante. Isso sem contar as promoções em sites de Compras Coletivas. E a empresa pode ainda criar sua própria promoção de compras coletivas em seu site.

Há vários cases de empresas que usam redes sociais de modo criativo e eficiente. Uma cooperativa de táxis londrina passou a agendar corridas através do Twitter.

A Licensed London Taxi Drivers começou a utilizar o micro-blog para passar informações de trânsito e como forma de comunicação entre os motoristas. Alguns seguidores ocasionais, entretanto, começaram a pedir corridas pela rede. Deu tão certo que, pouco tempo depois, a cooperativa lançou um serviço que ficou conhecido como Tweetalondoncab, no qual o usuário informa hora, partida, destino e, se possível, um telefone para contato.

A Starbucks é outro case de sucesso nas redes sociais. E o faturamento bilionário não é decisivo: a equipe dedicada às mídias sociais reúne apenas seis pessoas. O grupo trabalha com foco em ampliar o conceito da marca, o de lugar onde a pessoa mais se sente bem depois da própria casa. Entre as ações, a companhia lançou em março a possibilidade de usuários do Facebook presentearem seus amigos com espressos. E a ideia veio de uma cliente das cafeterias por meio do portal MyStarbucksIdeia.com.

Para a marca, o relacionamento com os clientes por meio das redes sociais é um ganha-ganha. Com uso do Twitter, do Youtube e do Facebook, a Starbucks identifica e soluciona crises, aumenta a confiança de seus consumidores ao ouvir publicamente suas reclamações e consolida sua experiência de marca ao responder rapidamente a demandas, como adicionar Wi-fi gratuito nas lojas. Mais do que alavancar vendas, a estratégia tem como foco fidelizar os clientes. E os resultados têm sido fundamentais. O próprio CEO Howard Schultz declarou que as mídias sociais salvaram a empresa.

Os ganhos são reais e mensuráveis, como mostra uma pesquisa realizada em 2009 pela Wetpaint e Altimeter Group, chamada EngagementDB: as empresas que investiram mais em mídias sociais para estabelecer um canal diferenciado de comunicação com o mercado tiveram um aumento médio de 18% nas vendas em 12 meses; em contrapartida, as menos ativas nas mídias sociais tiveram redução de 6% nas receitas.

Hoje ter seguidores no Twitter, comunidades no Facebook e qualquer tipo de relacionamento com seu público é um verdadeiro patrimônio. Deveria mesmo constar no balanço da empresa, como ativo intangível.

Fonte: Papo de Empreendedor

20 de outubro de 2010

Liderança: o caminho através do coaching

Por Aline Souza – Jornalista ZETA Probus


Seguindo as pegadas da liderança e o desenho que ela faz na gestão de pessoas, o Mídia e Gestão saiu em busca do mais renomado reduto de coaching no mercado corporativo, o ICCoaching® - International Corporate Coaching, para saber o que é ser líder no mundo atual. Em entrevista, Gustavo D'Avila, diretor executivo e Carlos Alecrim, CEO da instituição responderam perguntas que tentam dar conta deste desafio.

Para começo de conversa, é bom esclarecer que a boa liderança é aquela que se faz pelo exemplo, pela conduta diária, com sustentação de comportamentos alinhados aos objetivos da organização. As pessoas precisam se espelhar em alguém, é como uma criança dentro de uma família, que cresce e necessita de referências, caso contrário crescerá sem norte. Como explica Carlos Alecrim, “o colaborador vai escolhendo seus próprios líderes, a confiança é conquistada pela coerência e pela congruência, e não pelo cargo que um líder ocupa dentro da empresa”, afirma.


Gustavo D'Avila
Outro fator importante a ser abordado na questão liderança são os riscos que uma gestão corre por praticar a gestão de simpatia, principalmente quando se trata de uma empresa familiar. Em muitos casos esse tipo de gestão, que às vezes tem sua origem em parentes próximos, tende a elevar amizades pessoais com os colaboradores a cargos de recompensa. "Isso é um problema, os 'amigos líderes' acabam se sobressaindo pelo fato de terem uma convivência maior com a diretoria de uma empresa e nem sempre um líder de direito é capaz de gerir de fato só por ter caído nas graças de uma direção", explica Gustavo D'Avila.
O grande problema, de acordo com o executivo, é que a empresa muitas vezes não tem a preocupação de formar aquela pessoa como líder se pautando somente na afinidade e na simpatia. “É um grande risco quando se esquece da meritocracia e isso tem impacto direto no clima da organização, as pessoas ficam desmotivadas e não confiam na gestão, pois é perceptível a preferência dos chefes por alguns”, afirma. Isso é o que podemos chamar de ‘pedir para sair’, pois em tal situação muitos funcionários pensam duas vezes antes de permanecer na empresa, já que acreditam não haver mais chances de crescimento e ascensão profissional.

Ligado a este ponto nos deparamos com outro igualmente importante. Se os funcionários e colaboradores passam por revisão de conduta e constantemente estão sendo avaliados, a chefia e a direção das empresas também precisam passar pela mesma avaliação. “Somente assim se atingem os graus de competência e coerência necessários, pois liderar não é fazer amizade com os liderados, mas sim exercer a função baseada na coerência e descrição”, disse D'Avila. E mais, é papel de coaching muitas vezes, alinhar a diretoria no perfil ideal de comportamento esperado pelos seus funcionários. Um CEO precisa estar conectado a três pontos: processo, estratégias e pessoas; para dar o norte, comunicar bem os processos alinhados, focar na coerência de comportamento, no estímulo, nos desafios e na remuneração.


Carlos Alecrim
Para o profissional do coaching, treinar líderes não é tarefa fácil. Trata-se de uma via de mão dupla, é a lei do dar e receber que rege o universo, ou seja, é preciso casar bem os interesses individuais das pessoas com os interesses coletivos de estratégias empresariais, pois trata-se de sonhos individuais em consonância com os sonhos coletivos. “Toda empresa é uma ficção jurídica, são pessoas dentro servindo pessoas fora, a essência da gestão não pode ser esquecida, a forma que se comunicam e se relacionam os líderes ditam o ambiente saudável e os bons resultados”, afirma Carlos Alecrim. 

Quando o tema é a geração global, para imaginar bons líderes é preciso saber qual geração  ele pertence. “Nos últimos 30 anos mudaram muito os valores e a percepção de liderança, antes disso tínhamos líderes no modelo onde o que importava eram os resultados, sem foco no relacionamento pessoal da empresa. Agora, importa mais o funcional do que a hierarquia”, explica o CEO. Sabemos que a geração Y possui valores bem diferentes e isso faz desta geração pessoas mais práticas onde o tempo na empresa não significa muito, o que o estimula são os desafios e os sonhos, o indivíduo da geração Y procura alguém para admirar de verdade e não acredita em líderes por uma hierarquia imposta.

Já que estamos falando de gerações e comportamentos, não custa lembrar que a preferência por determinados tipos de líderes interfere diretamente no meio cultural em que se insere a organização. Com algumas diferenças sutis, uma vez que geração global significa mundo global e sem fronteiras, é possível perceber que grande parte das organizações no mundo todo prefere o líder do tipo coruja (27% da preferência), um tipo mais intelectualizado, que transmite segurança e é equilibrado. Já o líder do tipo leão está ultrapassado, pois é um líder mais resistente onde o objetivo maior são as metas, é um líder mais controlador e tem deficiência em equipe (20,3%).

Enquanto isso, o líder vaca é mais paternalista e defensor, tem o estilo justo e é confiável e amável, uma preferência entre os brasileiros (21%) em virtude do passado recente em que a maioria das empresas eram masculinas. Os dados obtidos acima foram divulgados em pesquisas disponíveis em vários sites de informação.


Carlos Alecrim explica que cada tipo de líder depende muito do tipo de liderado, “o líder deve monitorar as expectativas individuais de vida e de carreira da equipe, estar atento à felicidade e desempenho profissional de cada um; deve defender sua equipe aos olhos alheios e brigar no ‘vestiário’ quando necessário” disse. Já a Europa, de cultura nórdica, são mais exigentes e rígidos, gostam do padrão onde existe certa distancia entre o gestor e o colaborador. Entretanto, Carlos e Gustavo são categóricos em afirmar que não se predem a nenhum tipo de modelo de liderança ou tipologia exclusivamente.

Dentro de algumas práticas que são tidas como comuns em algumas organizações, o famigerado relatório diário de atividades, ou metas, é um “absurdo míope”, como afirma o CEO do ICCoaching. Segundo Alecrim, o procedimento não corresponde com a realidade, pois o funcionário possui várias atividades encadeadas e inevitavelmente uma ou outra fica para trás, o que é normal. “Não dá para virar rotina colocar a rotina no papel”, afirma. Alecrim vai mais longe e faz um cálculo esclarecedor: se cada trabalhador pára durante 6 mim por dia e se sua empresa possui 10 funcionários, serão um total de 60 mim por dia para fazer os relatórios. Em cinco dias por semana serão um total de 300 mim ou 5horas por semana. Em 4 semanas serão 22 horas, ou seja, perde-se um dia de trabalho por mês para fazer relatório diário de metas. “É um tiro no pé”, afirma.

Sobre a relação de parceria entre o trabalho de coaching e as áreas de Recursos Humanos das corporações, os especialistas afirmam que se trata de um trabalho em conjunto no sentido de alcançar mudanças positivas, lembrando que o coaching deve ser sempre isento para atender o indivíduo executivo e em alguns momentos, a empresa contratante. Já o RH olha sempre para o lado coletivo visando os valores globais da empresa. Toda essa força-tarefa em busca de mudanças culturais e comportamentais fazem parte de uma tendência voltada para a busca da sustentabilidade do planeta.

As atitudes sustentáveis que vêm surgindo dentro das corporações, até mesmo pela influência da Geração Y, precisam estar inseridas dentro dos valores de cada indivíduo da corporação e a atitude começa em casa, na vida pessoal de cada um, assim como no trabalho: atitude e prática social. De acordo com Gustavo D'Avila, “transformar os valores em bens tangíveis só é possível se as pessoas envolvidas desejam muito que aquilo aconteça, as metas precisam ser realizáveis e necessitam ter valor percebido pelas pessoas” disse. E acrescenta que no mundo tecnológico em que vivemos, de redes sociais e avanços tecnológicos, o ser humano deve estar atento e não se inserir nisso por modismos, mas sim para o relacionamento com outros seres humanos, pois a tecnologia se tornou a extensão daquilo que se fala e se pensa e é bom não perder a essência de cada um.

8 de outubro de 2010

LIDERANÇA: A coerência entre o discurso e a prática

Por Gustavo D’Avila




Atualmente, muitas empresas têm percebido que suas lideranças necessitam de constante desenvolvimento para atender necessidades de negócio em constante evolução. E isto já deve ter sido assunto de alguma reunião na sua empresa também, certo?

Estas preocupações latentes nas organizações fomentam diversas iniciativas visando o desenvolvimento de suas lideranças. Mas pergunto: as organizações conseguem medir as evidências de que as lideranças estão praticando os conhecimentos abordados nestas ocasiões?

Acredito ser esta questão tão importante quanto toda e qualquer iniciativa de desenvolvimento de liderança adotada atualmente pelas organizações. As organizações precisam refletir como combater a prática do “Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço!”. Acho que já devem ter ouvido esta frase em vários momentos de sua vida.

A palavra liderança deve ser encarada sob uma nova ótica pelos atuais líderes, pois estes devem deixar que novos conceitos de liderança e gestão de pessoas permeiem suas iniciativas e decisões, não apenas “acreditando” que estes conceitos são “coisas para uma nova geração”, ou seja, as lideranças atuais devem exercitar novos paradigmas e com isso promover realmente seu desenvolvimento e a evolução do negócio de forma sustentável.

Mas o que pode ser definido como liderança? É a arte de influenciar pessoas a fazer algo de boa vontade em prol do bem comum. Com a teoria das relações humanas, passou-se a constatar a enorme influência da liderança informal sobre o comportamento das pessoas.

Liderar é motivar as pessoas a empregarem o seu talento na busca da efetividade. O líder precisa ser basicamente uma pessoa que demonstra energia e confiança, um motivador, para conseguir avaliar a equipe o tempo todo, não temer tomar as decisões nada populares, ter visão de futuro; precisa saber sonhar e, ao mesmo tempo, fazer acontecer.

E como as lideranças atuais podem acreditar que seja possível liderar em sua plenitude sem a congruência dos bons exemplos aos seus liderados, pares e superiores?!?

Toda liderança busca a excelência e procura o autoconhecimento. Sabemos que uma forma eficiente é o aprendizado que construímos ao desenvolver os outros; sendo assim, fazer coaching com as pessoas do seu time e ao seu redor se apresenta como uma boa opção de autodesenvolvimento, além de ser um novo paradigma para as lideranças atuais.

Então cabe aqui falar resumidamente sobre Coach e Coaching.

Um Coach pode ser definido como um técnico, um preparador, um treinador, um promotor do desenvolvimento que, respeitando o estilo e as habilidades da pessoa, promove reflexões, estimula mudanças positivas, acompanha a prática e avalia os resultados. O objetivo do “coach”, portanto, é promover transformações e mudanças positivas nas pessoas.

Coaches são preparados para escutar, observar e customizar suas abordagens às necessidades individuais dos coachees, buscam extrair do próprio coachee soluções e estratégias para promover as mudanças, e acreditam que o coachee possui todos os recursos necessários à mudança.

Dessa forma, observamos que o coach deve conjugar os seguintes verbos: sensibilizar, inspirar, desafiar e incentivar.

O Coaching é uma parceria na qual o coachee formula e persegue novos desafios para si mesmo, com o objetivo de ampliar seu sucesso profissional e aliá-lo ao seu crescimento pessoal.

Coaches apóiam coachees a aprimorar suas performances e a aumentar sua qualidade de vida no trabalho.

E quanto a competências? As lideranças atuais compreendem o significado disto? Atualmente, fala-se muito sobre o assunto!

Competência pode ser definida como a mobilização de conhecimentos (saber), habilidades (fazer) e atitudes necessárias ao desempenho de atividades ou funções, segundo padrões de qualidade e produtividade requeridos pela natureza do trabalho.

Em nossa experiência no ICCoaching, percebemos que algumas competências para líderes são freqüentemente citadas pelas empresas, tais como: ética, capacidade empreendedora, capacidade integradora, relacionamento interpessoal, visão de negócio, comunicação, formação de pessoas, motivação, negociação, trabalho em equipe, coerência e tomada de decisão.

Dentre as competências supracitadas podemos descrever duas que ilustram perfeitamente o tema em questão: coerência e motivação.

A competência classificada por coerência pode ser entendida como a busca do equilíbrio entre as crenças, estratégias e comportamento pessoais e as crenças de uma organização, objetivando ter atitudes equilibradas, justas e imparciais, mesmo em situações de pressão.

A competência classificada por motivação pode ser entendida como um conjunto de fatores psicológicos (conscientes ou inconscientes) de ordem fisiológica, intelectual ou afetiva, os quais agem entre si e determinam a conduta de um indivíduo, despertando sua vontade e interesse para uma tarefa ou ação conjunta. A motivação surge de dentro das pessoas, não há como ser imposta. Ou seja, o líder deve perceber em cada membro de sua equipe o que pode mobilizá-lo para o trabalho, focando no estabelecimento de um ambiente estimulante para o alcance de resultados e a superação de obstáculos.

Coerência e motivação são duas competências que exemplificam situações nas quais podem se praticar o exercício da liderança, uma vez que uma decisão tomada de forma coerente ou a motivação de uma equipe contribuem para a conquista dos resultados estabelecidos. Bem como, decisões incoerentes ou equipes desmotivadas podem levar ao fracasso na busca pelos mesmos resultados. Ou seja, a situação e o controle de aonde se quer chegar estão nas mãos da liderança.

Assim sendo, cabe uma boa reflexão sobre a questão: As lideranças têm coerência entre a prática e o seu discurso? Líderes em constante desenvolvimento devem se preocupar em realmente exercitar a capacidade de liderar na íntegra, utilizando em seu dia-a-dia os novos paradigmas da liderança.

E você, como tem exercido sua liderança???




**Gustavo D'Avila
Diretor Executivo ICCoaching® - International Corporate Coaching
Membro da Sociedade Brasileira de Coaching

31 de agosto de 2010

Mau uso do e-mail pode prejudicá-lo

por Renato Grinberg*
Fonte: Revista Você RH


Esquecer de anexar o arquivo, enviar a mensagem para a pessoa errada, responder a todos por engano ou cometer um erro de informação. Quem nunca passou por uma situação constrangedora ao enviar um e-mail indesejado? Algumas vezes, a ocasião pode ser facilmente contornada, porém, dependendo do desvio, a falta de cuidado pode gerar até demissão. Lembre-se que para efeitos legais, o e-mail é considerado como um documento oficial e pode ser usado até em processos jurídicos.

 
Você tem o costume de verificar cuidadosamente a mensagem e o remetente antes de apertar o botão “enviar”? Caso a sua resposta seja sim, parabéns! Isso mostra que é uma pessoa atenta aos detalhes e que, dessa maneira, evita prejuízos na sua vida pessoal e profissional. Mas, se respondeu não, pode já ter passado por alguma saia justa ou, então, estar correndo grandes riscos de errar.

 
No ambiente corporativo, a responsabilidade do envio correto de mensagens eletrônicas cabe a todos os profissionais. Por isso, é preciso que os líderes orientem sua equipe quanto às consequências e formas de evitar falhas. Se for preciso, elabore regras de utilização do e-mail a serem seguidas pelos colaboradores da sua empresa. Assim, terá mais chances de evitar futuras preocupações.

 
Veja as dicas abaixo e escolha a sua forma de gerenciamento das mensagens eletrônicas.

1) Pense antes de agir – Pare e releia a sua mensagem. Analise a real necessidade de enviar aquela informação aos destinatários, além de medir as possíveis consequências que sua atitude pode gerar. Se achar que está escrevendo uma “bomba atômica”, é melhor cancelar o envio. Ou melhor, nesses casos, quando suas palavras não trarão bom retorno a você em nenhuma hipótese, opte por não registrar nada por escrito.

2) Escreva o nome do destinatário por último – Ao escrever uma nova mensagem, verifique-a primeiro e deixe a tarefa de completar o campo de destinatário por último. Assim, você evita mandar o conteúdo para as pessoas erradas ou então responder a todos por engano.

3) Desative a opção “enviar automaticamente” – Com tantos e-mails para responder diariamente, é natural desejarmos tirar todos da frente o mais rápido possível. A consequência é a diminuição da atenção em detrimento à velocidade. E é justamente nessas ocasiões em que os erros aparecem. Se você se familiariza com essa situação, é melhor prevenir. Não ative a opção “enviar automaticamente” para que o e-mail fique preso na sua caixa de saída e só possa ser enviado após sua certificação. Mas cuidado para não esquecê-lo na caixa.

*Renato Grinberg é diretor Geral do portal de empregos Trabalhando.com.br e especialista em carreiras e mercado de trabalho

17 de agosto de 2010

O desafio de entender os novos Líderes - Entrevista com Sidnei Oliveira

Por Aline Souza – Jornalista ZETA Probus

Ciente das inúmeras mudanças que as tecnologias impuseram na nossa sociedade a partir dos anos 80, o que configurou uma geração de pessoas adeptas de uma praticidade assustadora, o Mídia e Gestão foi atrás de mais um olhar da famigerada Geração Y para entender melhor suas características e as possibilidades infinitas que tais mudanças configuram no mundo empresarial.

O entrevistado é Sidnei Oliveira (foto), autor do livro Geração Y – O nascimento de uma nova versão de líderes, que aborda a tarefa desafiadora dos líderes mais antigos em entender os jovens profissionais. Sidnei concedeu a entrevista em misto contato via Facebook e emails.

Confira agora o bate-papo.

M&G - Como é possível trabalhar com os atributos do século XXI na formação do líder do futuro?

Sidnei Oliveira - O mercado está um pouco assustado com as características desta geração e em diversos momentos observamos o despreparo de gestores e de empresas em promover as mudanças que se mostram necessárias e urgentes. O que mais se observa é uma constante busca por modelos que permitam o "enquadramento" dos jovens em processos organizacionais que foram estabelecidos nos últimos 30 anos.

Todo este cenário tem pressionado os jovens a uma constante adaptação em suas escolhas, contudo as expectativas atuais da geração Y é formada por estímulos intensos e diferentes, por isso este processo de adaptação não é fácil. O processo não será simples para ninguém, mas acredito que haverá um equilíbrio na medida que esta geração alcançar posições mais consolidadas, onde possam alcançar maior maturidade e experiência.

M&G - Quais são os pontos necessários na hora da formação de lideranças na geração Y?

Sidnei Oliveira - Aproximadamente 20 % dos líderes nas empresas já pertencem a geração Y ( fonte – Hay Group ), e são formados por jovens com elevada qualificação acadêmica ( graduação, MBAs, inglês realmente fluente, etc ), mas com pouca formação em gestão de pessoas. O conhecimento tácito, adquirido com a experiência funcional e o total "foco em resultados", ainda faz com que o líder da Geração Y seja visto como "sem tato" por sua equipe.

O líder da geração Y ainda precisa aprender a lidar com os relacionamentos interpessoais usando "ferramentas analógicas" como conversas, olho-no-olho, etc. e não apenas através dos instrumentos virtuais que ele domina com facilidade.

No entanto, a formação de liderança depende também da disposição dos lideres em dedicar parte de suas atividades na formação dos lideres do futuro, expondo os potenciais jovens a situações que impliquem em tomadas de decisões de risco. Isso significa desenvolver autonomia, que é uma decisão bastante desafiadora para os lideres de hoje.


M&G - Qual é a melhor forma de unir a geração X e a geração Y em um bom relacionamento dentro do ambiente empresarial?

Sidnei Oliveira - Certamente a energia característica da própria juventude e também a ousadia para "quebrar paradigmas" e promover inovações que possam diferenciar a empresa no mercado hiper-competitivo são componentes que podem ajudar na construção do bom relacionamento. Evidentemente a empresa precisa criar um ambiente propício para isso. Não adianta contratar jovens para inovar e depois exigir dele que faça seu trabalho somente de acordo com os procedimentos que "sempre foram assim e sempre deram resultados".

O jovem da geração Y não convive com este tipo de cenário por muito tempo e isso tem provocado o aumento nos índices de rotatividade das empresas – entenda-se "aumento dos custos de qualificação e reposição do quadro de funcionários".


M&G - Qual a principal demanda da Geração Y para com seus gestores, na sua avaliação?

Sidnei Oliveira - Certamente é o desejo de ver em seus gestores a postura de MENTORES e não competidores. O jovem de hoje, sendo muito qualificado, não precisa concorrer com os gestores, precisa receber mais autonomia e ser exposto a situações que possa “errar” e ter seu gestor/mentor como orientador para os aprendizados a partir dos seus erros.


M&G - Você acredita que a necessidade de feedback mais ágil para os jovens que são cheios de idéias dificulta o bom relacionamento com os superiores dentro da empresa?

Sidnei Oliveira - Não. A necessidade de feedbacks mais constantes é um comportamento que todos nós estamos adotando nos últimos 10 anos. A diferença principal é que o jovem de hoje solicita com mais intensidade e é este o ponto de potencial problema. O jovem precisa ser estratégico em negociar com seu gestor a velocidade do feedback, pois muitos gestores foram formados em um tempo que não era comum receber feedback do chefe, por isso ainda não valorizam este instrumento como forma de liderança.

 

M&G - Como vc acredita que a Geração Y encara a questão de hierarquia nas empresas? Você acredita que isso pode prejudicar ou favorecer sua carreira? Como?

Sidnei Oliveira - A hierarquia é vista com ceticismo assim como toda e qualquer forma estruturada e rígida, sem espaço para flexibilidade e inovação. Não há um embasamento científico para responder esta questão, contudo eu acredito há muita coerência em uma especulação baseada em estatísticas...

O aumento na expectativa de vida das pessoas, provocada principalmente pelos avanços científicos e tecnológicos, fez surgir um novo comportamento nas pessoas "mais velhas", que é a ampliação da juventude. Todos se sentem, ou pelo menos tentam, ser jovens e produtivos. Em quase todas empresas, executivos experientes, que não tiveram oportunidades de fazer uma boa faculdade, estão voltando para a sala de aula, em parte por pressão das empresas e em parte para continuarem se mantendo produtivos e empregáveis.

Se avaliarmos com mais profundidade iremos identificar neste comportamento, o melhor exemplo de tentativa de "sobrevivência", diante da ameaça de perder a posição para jovens ( mais baratos ) que chegam com graduação avançada e intimidade tecnológica, o que confere a geração Y, a percepção de um ritmo muito mais dinâmico que os mais velhos.

A empresa que não lida bem com este cenário está perdendo muito com os conflitos gerados internamente.

Perde quando os jovens talentos desistem de confrontar os mais velhos e partem para outra empresa, deixando a empresa com um vácuo na formação de seus sucessores ou perde quando o Líder mais velho é desligado ou vai embora da empresa levando seu "legado de conhecimentos tácitos" que construiu junto com a empresa.

Se ambas as gerações de profissionais não adotarem um comportamento mais estratégico, todos serão prejudicados, pois a empresa irá adotar mecanismos que busquem minimizar estes efeitos. Para o jovem isso pode ser fatal em termos de carreira profissional, pois ele ainda está construindo sua trajetória e acabará encontrando cada vez menos espaço.

Saiba mais sobre Sidnei Oliveira.